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Você deixa uma marca no mundo, sabia?

27 de Julho de 2015

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Quando a gente caminha pela areia ou pela lama sempre deixa um rastro. Nossas pegadas ficam marcadas ali, mostrando por onde passamos e indicando o nosso caminho. E o que é mais importante: o jeito de andar de cada pessoa define a força dessas pegadas – e o quão profundas elas vão ficar no solo.
 
Essencialmente, este é o conceito por trás da chamada pegada ecológica. O termo, usado pela primeira vez em 1992 por William Rees, ecologista e professor da Universidade de Columbia Britânica no livro Our Ecological Footprint: Reducing Human Impact on the Earth, diz respeito a uma metodologia específica para calcular o impacto que temos e causamos ao planeta, o quanto utilizamos dos seus recursos e o quanto desperdiçamos.
 
Segundo explica o site oficial da WWF Brasil, organização não-governamental de prevenção ambiental, a pegada ecológica de um país, de uma cidade ou de uma pessoa “corresponde ao tamanho das áreas produtivas de terra e de mar necessárias para gerar produtos, bens e serviços que sustentam determinados estilos de vida”. Resumidamente, a pegada ecológica é uma forma de traduzir, em hectares, a extensão de território que uma pessoa ou toda uma sociedade “utiliza”, em média, para se sustentar e o quanto dele é usado de maneira exagerada, acabando por se tornar muito mais uma perda do que um ganho.
 
“Temos de nos conscientizar sobre o impacto causado na natureza com o nosso padrão de consumo”, diz Terezinha Martins, analista de conservação do WWF-Brasil, para o jornal Zero Hora. “Atualmente, temos consumido mais do que a natureza pode prover. Com a pegada ecológica, cada um pode determinar seu impacto no cotidiano e pensar em formas mais sustentáveis de viver no planeta”. 
 
O cálculo se vale efetivamente de seis pilares:
  • Carbono: extensão de áreas florestais capazes de sequestrar emissões de CO2 derivadas da queima de combustíveis fósseis.
  • Áreas de cultivo: extensão de áreas de cultivo usadas para a produção de alimentos para consumo humano e produção de ração, oleaginosas e borracha.
  • Pastagens: extensão de áreas de pastagem utilizadas para a criação de gado de corte e leiteiro e para a produção de couro e produtos de lã.
  • Florestas: extensão de áreas florestais necessárias para o fornecimento de produtos madeireiros, celulose e lenha.
  • Áreas construídas: extensão de áreas cobertas por infraestrutura humana, inclusive transportes, habitação, estruturas industriais...
  • Estoques pesqueiros: produção primária necessária para sustentar os peixes e mariscos capturados.
Usando uma calculadora facilmente encontrada na internet – como a que está num link no final deste texto – você responde perguntas bem simples a respeito da sua alimentação, dos seus hábitos de consumo de jornais, revistas e equipamentos eletrônicos, quantos quilômetros você se locomove a pé, de carro e usando transporte público... E, no final, vai descobrir o percentual de regeneração que o planeta precisa para manter você com os mesmos hábitos que tem nos dias de hoje, jogando fora tudo o que joga.
 
O cálculo da pegada existe para ensinar as pessoas a refletirem sobre a utilização dos recursos com maior cuidado, adotando ações pessoais e coletivas para reduzir os impactos e diminuir o desperdício. Essencialmente, um modo de vida mais sustentável quer dizer exigir um pouco menos da natureza e aprender a reaproveitar, reciclar, reusar. É cada um assumindo a sua responsabilidade neste jogo.
 
“Vivemos em um contexto em que, muitas vezes, não conseguimos ser ecologicamente corretos”, avalia Cristiane Fensterseifer Brodbeck, educadora ambiental e professora da Unisinos, também para o Zero Hora. “É difícil deixar o carro de lado sem um transporte público de qualidade, e nossos horários dificilmente permitem uma visita à feira. Mesmo assim, é preciso refletir, porque não há uma solução mágica para as questões ambientais: a mudança começa por cada um”.
 
E você, já sabe que peso tem a sua pegada e o quanto você deixa para trás?
 
Saiba mais:
 
 

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