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Vivendo o momento presente: entenda melhor o que é flow

3 de Junho de 2015

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Você pode não saber, mas já esteve em estado de flow alguma vez.
 
Existem algumas atividades que parece que tiram a gente da Terra. Ficamos tão absorvidos nelas que sentimos que o tempo voou, não temos sede, fome, vontade de ir ao banheiro... são atividades que nos colocam por completo no momento presente e nos conectam com nós mesmos.
 
O psicólogo nascido no Leste Europeu e naturalizado norte-americano Mihaly Csikszentmihalyi estuda a criatividade há mais de 40 anos e desenvolveu o conceito de flow após estudar o comportamento de artistas e esportistas. FLOW, também conhecido como FLUXO, estado mental onde o corpo e a mente fluem em perfeita harmonia, é um estado de excelência caracterizado por alta motivação, alta concentração, alta energia e alto desempenho, por isso também chamado de experiência máxima ou experiência ótima. Uma vez nele, você tem o controle da sua atenção.
 
Quem está no FLOW sempre declara ter alcançado um nível alto de satisfação. Ele é também superimportante para se atingir um alto grau de criatividade. Isso porque quando está com esse modo ativado, o cérebro se encontra soltinho, livre para liberar quaisquer conexões que possam acontecer ali dentro. É por isso que muitas vezes as grandes ideias nascem quando passamos um tempinho nesse estado. O mais interessante é que, embora seja mais comum atingir o flow fazendo alguma atividade artística ou esportiva como tocar um instrumento musical, dançar, pintar um quadro (ou um livrinho de colorir!), o que chama a atenção desse estudo é que qualquer atividade pode desencadear esse estado: até mesmo o trabalho de escritório!
 
Primeiro, vamos ajudar você a detectar como é de fato o estado de flow:
 
- Você está com uma concentração intensa e focada: não pensa no passado e nem se preocupa com o futuro.
 
- Você une ação e consciência: está executando uma atividade física e está presente mentalmente nela.
 
- Perda da autoconsciência: você é parte do todo, da atividade que está realizando.
 
- Sensação de controle sobre as próprias ações: você sabe que é capaz.
 
- Distorção da experiência temporal: você tem a sensação de que o tempo passou mais rápido do que o normal. 
 
- A recompensa é a própria atividade: ou seja, seu objetivo não é necessariamente o quadro, mas sim o ato de pintar o quadro. De forma que o objetivo final é apenas uma desculpa para o processo.
 
- Se você reparar, o flow acontece quando você está fazendo o que mais gosta de fazer!
 
E se o estado de fluxo é tão importante para a criatividade e pode deixar a gente feliz e mais consciente no corrido dia a dia do trabalho, como é que fazemos para atingi-lo? A palavra-chave é o autoconhecimento. Pessoas que entram bastante em estado de flow usam as suas forças pessoais nisso e conseguem exercer um papel ativo no aumento de seus níveis de felicidade.
Mihaly percebeu que para alguém “estar em flow" precisa de um desafio compatível com o grau de competência dela. Ou seja, ninguém entra em flow se está executando alguma coisa muito fácil para ela ou impossível de executar dentro de sua capacidade física, intelectual ou emocional. Se a tarefa oferece pouco ou nenhum desafio, ou seja, a competência da pessoa é maior que o desafio, ela sentirá tédio, apatia, desinteresse. Ela vai desfocar, olhar para o celular... – nada de flow aí. Por outro lado, se a competência da pessoa for menor que o desafio, ela se sentirá ansiosa, preocupada, agitada e estressada e não vai nunca entrar no estado de relaxamento que o flow permite.
 
Quando está num equilíbrio pleno entre desafio e habilidades, a pessoa tem muito mais possibilidades de entrar em flow. E o pulo do gato: ela vai sempre buscar novos desafios, suas competências vão aumentar e o desafio também! Isso cria um círculo virtuoso no qual desafio e competência aumentam gradualmente.
Quanto mais desafios a pessoa busca e quanto mais procura desenvolver suas competências, maior a sensação de felicidade e prazer. Para Mihaly Csikszentmihalyi, “pessoas saudáveis, as quais sua sobrevivência e outras necessidades prementes estão satisfeitas, são motivadas a explorar, aprender e desenvolver suas habilidades de forma a interagir mais eficazmente com o meio ambiente. Quando envolvidas em tal processo, as pessoas gostam do que estão fazendo, e buscam a experiência para seu próprio bem; o crescimento torna-se a própria recompensa”. Imagine que incrível se o mundo todo fosse evoluindo com esse pensamento!”
 
Segundo o filósofo Clóvis de Barros Filho, professor de ética da Escola de Comunicação e Arte da Universidade de São Paulo, o problema é que a maioria das pessoas coloca o trabalho a serviço de metas, quando deveria trabalhar por um significado. Mais significado, mais flow, mais desafio e assim por diante.
 
Veja aqui os três primeiros passos para aplicar isso em sua vida:
 
 - Autoconhecimento: Descubra o que você realmente gosta de fazer. Estar consciente sobre seus verdadeiros interesses faz toda a diferença.
 
 - Pratique: Certas atividades ajudam a aumentar nossa capacidade de concentração como um todo. Meditação e esportes são bons exemplos.
 
 - Esteja presente: Treine sua disciplina. Foque mais nas atividades do dia a dia (como ler um livro, por exemplo). Procure focar no que você está fazendo, e não em seu resultado final. E veja que suas ações e ideias vão fluir muito mais naturalmente.
 
Que tal experimentar e trazer mais fluxo na sua vida?  Você vai ver que o seu bem-estar vai aumentar. Faça o teste! Deixe aqui nos comentários como foi sua experiência de flow!
 
Saiba mais:
 
 
 
É possível entrar em flow enquanto se joga? Veja aqui uma lista de videogames que valem por uma meditação.
 

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