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A Customização vai à Mesa

14 de Dezembro de 2015

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A refeição talvez seja o momento em que a pessoa, mesmo que inconscientemente, mais faz uso do seu poder de customização. Mais ou menos sal, pimenta, azeite, temperos diversos. Quero com alho, quero sem cebola, quero o feijão por cima do arroz, o arroz do lado do feijão. Quem vai comer sempre tem o controle do que quer ver no seu prato.
Não são raros os serviços de fast food, por exemplo, que permitem que você monte o seu lanche, escolhendo a partir de algumas poucas opções de recheios. Mas serviços como o MixMyBar, da brasileira Inessa Sato, querem dar o próximo passo nas refeições personalizadas.
Adepta de uma vida saudável e da prática de esportes de impacto, ela sempre consumiu comidas com uma pegada mais natural justamente para melhorar a sua performance. Mas começou a sentir incomodada porque todas as opções de barrinhas de cereais do mercado, por exemplo, eram muito similares.
"Eu sempre gostei de cozinhar e comecei a desenvolver a minha barrinha com as coisas que eu gostava", diz Inessa, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo (http://pme.estadao.com.br/noticias/noticias,sites-se-especializam-em-vender-barrinhas-de-cereais-e-granolas-personalizadas-para-o-cliente,3444,0.htm). As pessoas mais próximas provaram, curtiram, os pedidos aumentaram e ela acabou lançando um site. Lá, é possível escolher o adoçante natural, entre opções como mel ou açúcar mascavo – e depois ir selecionando entre os muitos tipos de castanhas, sementes e frutas secas, num total de 30 ingredientes.
A questão da refeição personalizada, no entanto, também pode ir além do gosto pessoal de cada um, do que eu curto comer ou não – mas passa também pelo que eu POSSO comer.
Para quem está querendo perder peso, é importante pensar que a dieta que funciona para uma pessoa pode não funcionar necessariamente para outra – e que a comida saudável de um pode rapidamente se tornar a junk food do outro. “Cada ser humano tem uma resposta única à comida que ele consome”, afirma o médico Eran Elinav, PhD e pesquisador do Weizmann Institute of Science envolvido em um estudo (http://www.webmd.com/diet/20151119/blood-sugar-diet-food?ecd=wnl_day_112115_tod_9pm&ctr=wnl-day-112115-tod-9pm_nsl-hdln_3&mb=voAu2w9N73u3p993LPWFqRXFE73IOX1c0OaTzBd4F8E%3d) cujo objetivo é pavimentar o caminho para a chamada nutrição personalizada. “Precisamos ficar de olho nas respostas individuais de cada um”. Em resumo: mesmo quando comemos a mesma refeição, utilizamos os nutrientes de forma diferente.
A mudança de pensamento sai das dietas que em teoria seriam ideais para todos e parte para uma visão personalizada, baseada em como respondemos a alimentos que possam manter o açúcar do nosso sangue em níveis saudáveis. Um alto nível desses marcadores está relacionado a vários problemas de saúde incluindo obesidade, diabetes, doença cardíaca...
Os pesquisadores utilizaram um medidor de glicose para monitorar os níveis de 800 pessoas continuamente ao longo de 1 semana ao longo de cerca de 47.000 refeições. Foram homens e mulheres dos mais diferentes pesos, sendo examinados em momentos específicos e utilizando o aplicativo de um smartphone para logar sempre que fossem dormir, se exercitar e, claro, comer.
"A maior surpresa foi mesmo descobrir as imensas possibilidades de variáveis que vimos nas respostas que as pessoas tinham a refeições idênticas”, explica o médico. Ele arrisca ainda que, um dia, talvez estejamos armados com um smartphone que tenha todas as informações a nosso respeito, nossos hábitos e o jeito que nosso corpo quebra os açúcares – e possamos apenas perguntar a eles “afinal, o que eu devo comer agora?”.

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